terça-feira, fevereiro 21, 2006,02:50
“Crimes Exemplares”

“Matei-o porque me doía a cabeça. E ele veio falar-me, sem descanso, de coisas para que eu me estava absolutamente nas tintas. É a verdade, embora elas me tivessem podido interessar. Antes de o fazer olhei, ostensivamente, seis vezes para o relógio, ele não ligou nenhuma. Creio, no entanto, que é uma circunstância atenuante que deveria ser seriamente tida em conta.”

“- Como é possível que me acusem de o ter morto se eu me tinha esquecido de que a pistola estava carregada?
Toda a gente sabe que não tenho memoria nenhuma. E ainda dizem que a culpa é minha? É o cúmulo, palavra de honra!”

“Crimes Exemplares” de Max Aub
 
kalkito por tattoo angel
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