quinta-feira, junho 29, 2006,18:40
tolice nº 4




“Preso por dois fios” por tattoo angel ©
 
sexta-feira, junho 23, 2006,16:20
O Rapaz Tartaruga

O Rapaz Tartaruga
move-se muito lentamente.
Um pé após o outro,
hesitando constantemente.


O Rapaz Tartaruga
caminha na areia.
Um pé após o outro
enredando-se na teia.


Um passo devagar…


Outro passo docemente…


Um passo sereno…


Outro passo calmamente.


O Rapaz Tartaruga
não tem pressa de chegar.
Porque ele na realidade,
não tem nada para alcançar.

por tattoo angel inspirado por “A Morte Melancólica do Rapaz Ostra & Outras Estórias” de Tim Burton

 
terça-feira, junho 13, 2006,02:00
borderline 2

Um farrapo do homem que era hoje de manhã.


Falava dos filhos e da esposa, exibindo orgulhosamente as fotos deles no tablier do carro.


Ali, sentado e maniatado naquela cadeira, já não me dá entusiasmo.


Depois de lhe esmagar as rotulas, cortar quatro dedos de cada mão e arrancar-lhe todos os dentes a frio, este já não serve para nada.


Não consigo entender porque hesitei aos gritos de agonia dele.


Por cada dedo que lhe cortava, via o riso daquelas crianças transformado em lágrimas pela perda do pai.


Não. Esta pobre alma não merece sofrer mais.


Um golpe certeiro e profundo com a lâmina do cutelo termina com o sofrimento… paz á sua alma.

Felizmente existe sempre pessoas dispostas a dar boleia ate a bomba de gasolina mais próxima.

 
,01:51
borderline 1

Sinto o ar bafiento a sufocar-me.


O sabor metálico do sangue invade-me a boca e os sentidos.


Sei que ele esta presente mesmo antes de abrir os olhos.


Este cabrão não imagina o que lhe faço quando me libertar da corda que me corta os pulsos.


Boleia? Eu dou-lhe a boleia. Para o inferno.


Arranco-lhe os olhos das orbitas e faço-o engoli-las com o próprio sangue.


A ele e a todos da família dele. Pai, mãe, filhos… cabrão…


Tenho de o olhar nos olhos. Não posso desistir agora.

Levanto a cabeça e… vejo a lâmina na minha direcção… fria… no… meu… pescoço… cabr…

 
quinta-feira, junho 08, 2006,01:38
Metromundu

Hoje estive a ver “Metropolis” de Fritz Lang; realizado em 1927, a acção deste filme decorre num futuro não especificado.

Ao longo do filme não consegui deixar de colocar aquele futuro no presente.
Vivemos num tempo em que “produtividade” é mais importante que “humanidade”, em que saúde, educação, qualidade de vida e de emprego são consideradas regalias.
Existe uma massificação dessa cultura do homem-maquina.

Uma das personagens do filme, referindo-se ao Senhor de Metropolis e aos que a sustentam, diz:

“O mediador entre o cérebro e as mãos tem de ser o coração.”


Na minha opinião, acho que o coração está em vias de extinção, e o mesmo vai acontecer ao cérebro quando as mãos fraquejarem.
 
domingo, junho 04, 2006,02:54
branco


Branco – a cor branca ou simplesmente o branco é a junção de todas as cores do espectro de cores. É definida como "a ausência de cor". É a cor que reflecte todos os raios luminosos, não absorvendo nenhum e por isso aparecendo como clareza máxima.

Em algumas culturas orientais, o branco é a cor do luto.

in
wikipédia